sexta-feira, 8 de abril de 2016

TIRANDO O "S" DA CRISE POLÍTICA

            Assim como os economistas recomendam em crises econômicas, os políticos resolveram tirar o "S" da crise e o resultado é uma avalanche de "causos" acompanhadas pelos demais setores envolvidos na problemática, principalmente por parte dos defensores do governo em relação ao processo de impeachment.
            Entendendo desnecessários maiores comentários sobre as chamadas "pedaladas fiscais" tratadas (AQUI) em post anterior. Especificamente sobre os decretos de créditos suplementares que compõem a denúncia apresentada pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Jr e Janaina Paschoal questionados pelos governantes que tem como argumento o alegado fato de "não ter gerado aumento de despesas". Em contestação o Senador Ronaldo Caiado expõe dados que provam o aumento de despesas em mais de 2 bilhões.
            Xeque-mate é como podemos chamar a colocação do Senador Cássio Cunha Lima com sua perspicácia e, profundo conhecedor do direito como advogado que é, às 4 horas, 41 minutos e 40 segundos da gravação quando destrói por completo o argumento dos governistas que classificam como simples prestação de serviços as operações realizadas com a Caixa e o Banco do Brasil ao arguir que em se admitindo a tese como verdadeira o governo estaria incorrendo em outro crime por não ter recolhido o respectivo tributo para operações da espécie, neste caso, o ISS. 
            Na guerra de convencimento do cidadão com vistas a convencer o eleitor e não ao próprio deputado que a esta altura já tem dados suficientes para formação de seu juízo, a criatividade dos parlamentares lança mão de chicanas jurídica, contabilidade criativa, metáforas, dramatização e tudo mais que possa sensibilizar o povo que já se manifesta, até mesmo com violência, como aconteceu no aeroporto Pinto Martins na recepção do Deputado José Guimarães, fato amplamente divulgado nas redes sociais. Vale notar que este expediente vem se acentuando no mesmo ritmo do calor provocado pela aproximação da Dilma com a fogueira do impeachment.
            Apesar do clima de muita tensão reinante em todo o Congresso Nacional, no Senado, pelo alto nível de seus membros,  ainda há espaço para "brincadeiras" como protagonizam Cássio Cunha Lima e Lindberg Farias a 4,57m da gravação. 

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